Estudos mostram que o uso do paracetamol por mulheres grávidas tem apresentado risco para o desenvolvimento do feto./ O problema é que a compra do medicamento não exige prescrição e o risco de gestantes usarem sem a orientação médica é alto./ A preocupação foi declarada por um grupo de cientistas de diversos países, que publicou um trabalho de revisão das pesquisas científicas realizadas nos últimos 25 anos./ Os pesquisadores relatam que os estudos existentes ainda não são conclusivos, mas revelam que é preciso cuidado no uso do paracetamol durante a gravidez./ Entre os autores do artigo está Anderson Andrade, que é professor e pesquisador do Programa de Pós-graduação em Fisiologia e do Programa de Pós-graduação em Farmacologia da Universidade Federal do Paraná./ Ele conta algumas das possíveis alterações associadas ao uso do medicamento.

De acordo com o documento, um levantamento mundial mostra que metade das gestantes no mundo faz uso do paracetamol em algum momento da gravidez./ E a maior parte dessas mulheres usa o medicamento para combater a dor leve a moderada, como dores de cabeça e musculares./ O professor da UFPR explica que em algumas situações, como a febre alta, é necessário que a grávida faça o uso do paracetamol, mas é preciso orientação.

Enquanto pesquisas mais detalhadas não resolvem as dúvidas que restam sobre o paracetamol, os pesquisadores defendem que a cautela deve prevalecer.//

Portanto, os cientistas recomendam que as gestantes abandonem o uso do paracetamol, a menos que haja a indicação médica./ Se necessário o uso, que seja a menor dose e pelo menor tempo possível./ Qualquer dúvida, consulte um médico ou farmacêutico./

Repórter Maria Fernanda Mileski, em uma parceria Rede Aerp de Notícias e Agência Escola UFPR, da Universidade Federal do Paraná.

Fonte - AERP