São 11 máquinas de costura, a maioria delas doadas depois que a comunidade começou a receber as máscaras que os presos da Cadeia Pública de Ibaiti confeccionam. A ação teve início há cerca de 3 semanas, com a percepção de que muitas pessoas da região não teriam condições de adquirir o equipamento de proteção individual, indispensável para a proteção contra o novo coronavírus, como explica a juíza Fernanda Orsomarzo, coordenadora do projeto

Atualmente, cerca de 1500 máscaras são produzidas por dia e no total já foram mais de 15 mil, equipamentos que também foram distribuídos para profissionais da saúde, policiais e outros que trabalham na linha de frente da pandemia. A iniciativa faz parte do projeto “Do Cárcere ao Resgate do Ser Humano”, idealizado pelo Poder Judiciário de Ibaiti que tem a ideia de ressocializar e integrar os detentos à comunidade por meio do auxílio direto à população. A cadeia passou por 3 rebeliões nos últimos 2 anos, quando ainda não existia o projeto, mas, segundo a juíza, atualmente o ambiente da cadeia é outro, todos os 72 presos trabalham e há também uma sala de leitura.

Como o projeto ainda é novo, não se pode fazer um balanço dos resultados destas ações. Mas, para se ter uma ideia, no sistema carcerário comum, o índice de reincidência, quando a pessoa solta volta a cometer delitos, é de 65 a 70%. Já no Presídio Modelo, em Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, onde todos os presos trabalham e estudam, o índice de reincidência em 2019 foi de apenas 2%.

Fonte: AERP