A Universidade Estadual de Maringá (UEM) ganhou destaque novamente no CWTS Leiden ranking, que classifica a performance científica de mais de 1200 universidades de ponta dos cinco continentes. Na UEM, a produção feita por mulheres é de 50,1% do total de trabalhos, a maior entre universidades do mundo todo, exceto as europeias. Na classificação geral de maior proporcionalidade de autoras femininas, a UEM ocupa a nona posição e é a única não europeia entre as 10 primeiras. Outras duas instituições do Paraná também tem alto índice de produção científica feita por mulheres: A Universidade Estadual de Londrina aparece na posição 28, com 45,8% dos trabalhos realizados por elas e a Universidade Federal do Paraná, na quadragésima posição com produção 43,6% feminina. Os dados foram compilados a partir das publicações científicas publicadas entre 2016 e 2019.

A UEM foi a primeira universidade paranaense a ser conduzida por uma mulher, a reitora Neusa Altoé, que assumiu o cargo em 1998. A atual diretora de pós-graduação da instituição, Maria Consolaro, comemorou a posição conquistada no ranking este ano e disse que isso reflete um compromisso da Universidade com a formação igualitária entre os gêneros.

A professora do departamento de informática da UEM, Linnyer Ruiz é presidente da Sociedade Brasileira de Microeletrônica, a primeira mulher a assumir esse cargo. Ela defende que ainda há muito preconceito nas áreas STEM, sigla em inglês que engloba Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática, mas que a participação feminina é fundamental nesses espaços.

A professora Linnyer também está à frente do Grupo MannaTeam que promove a pesquisa e a inovação e também o estímulo à participação de mulheres e meninas nesses espaços.

Amanda Yargas