Série Segurança: Paraná registra o maior número de incêndios ambientais em setembro desde 2005


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 07/07/2019

Uma queimada combatida a cada 13 minutos e 14 segundos. Essa é a média de atendimentos do Corpo de Bombeiros do Paraná, que do início do mês até o começo da tarde desta quarta-feira (27) atendeu a 2.938 incêndios ambientais no estado.

Conforme a base de dados dos Bombeiros, iniciada em 2005, este é o mês de setembro com o maior número de incêndios ambientais que se tem registro no Paraná.

Queimadas no Paraná, segundo o Corpo de Bombeiros:

  • 2017 - 2.938 (até o início da tarde desta quarta-feira)
  • 2016 - 1.092
  • 2015 - 1.128
  • 2014 - 653
  • 2013 - 1.499
  • 2012 - 2.027
  • 2011 - 1.404
  • 2010 - 2.232
  • 2009 - 354
  • 2008 - 1.042
  • 2007 - 2.197
  • 2006 - 1.143
  • 2005 - 174

Em Maringá, no norte do Paraná, foram registrados dois incêndios em vegetação nesta quarta-feira. No município, neste mês, a média é de uma queimada combatida a cada 5 horas, 26 minutos e 43 segundos. A quantidade em setembro também é a maior desde 2005.

O agravante na cidade, e em boa parte do estado, tem sido a falta de chuva. Em Maringá, a última chuva foi em 20 de agosto, conforme o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Na ocorrência mais grave desta quarta-feira na cidade, atendida por volta de 13h, na saída para Paranavaí, no noroeste do Paraná, cinco caminhões dos Bombeiros e da Defesa Civil foram usados para combater o fogo.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, o incêndio atingiu duas áreas de reserva ambiental, em lados opostos da BR-376, e havia risco do fogo atingir casas no entorno e a Associação Indigenista de Maringá (Assindi).

Queimadas em Maringá, segundo o Corpo de Bombeiros:

  • 2017 - 119 (até o início da tarde desta quarta-feira)
  • 2016 - 22
  • 2015 - 37
  • 2014 - 29
  • 2013 - 51
  • 2012 - 107
  • 2011 - 62
  • 2010 - 81
  • 2009 - 17
  • 2008 - 29
  • 2007 - 90
  • 2006 - 18
  • 2005 - 20
Cuidado com a chuva

A Defesa Civil do Paraná orienta que são necessárias precauções quando a chuva chegar devido à concentração de substâncias químicas que dão acidez à água da chuva após um período de estiagem, como este período de mais de 30 dias sem chuva em boa parte do estado.

Entre os principais responsáveis pelo acúmulo de poluentes estão os incêndios, depois a queima dos combustíveis de veículos e o lançamento de substâncias por chaminés das indústrias, informa a Defesa Civil.

As substâncias como gás carbônico, monóxido de carbono, partículas de nitrogênio e enxofre liberadas pelo fogo e pela fumaça são lançadas na atmosfera e, por causa do tempo seco, os gases se acumulam. Misturados ao vapor de água, voltam para a terra em forma de chuva, a chamada chuva ácida.

A dica, segundo a Defesa Civil, é de que a população evite tomar banho de chuva. As águas dessa época possuem uma maior incidência de dióxido de carbono e, em contato com a substância, pode ocasionar irritação na pele, pincipalmente em crianças, que possuem sensibilidade maior.

Previsão
 

Conforme o Instituto Simepar, a instabilidade deve aumentar a tarde e a noite na quinta-feira (28) no estado, menos ao norte. Uma frente fria, segundo o instituto, evolui pelo Sul do país e já se aproxima das áreas de divisa com Santa Catarina.

Com isso, o Simepar indica que a chance de chuva aumenta e também o risco de temporais localizados. Entre a sexta-feira (29) e o sábado (30), deve chover em praticamente todas as regiões do Paraná, informa o Simepar.