Parlamentares paranaenses se manifestam pela distribução de absorventes


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 11/10/2021

460 mil mulheres paranaenses vivem em situação de vulnerabilidade social e extrema pobreza. No final de setembro, foi publicada uma legislação estadual que trata do combate à pobreza menstrual no Paraná, que prevê campanhas de arrecadação e distribuição de absorventes higiênicos, além de orientações sobre saúde. 

Na contramão dessa preocupação com a saúde pública e a dignidade feminina, o presidente Jair Bolsonaro vetou na última quinta-feira a distribuição gratuita de absorventes para estudantes de baixa renda das escolas públicas e pessoas em situação de vulnerabilidade extrema,  e também a inclusão de absorventes nas cestas básicas distribuídas pelo Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. A proposta é da deputada federal Marília Arraes do PT de Pernambuco. Segundo Bolsonaro, o veto  foi dado porque não foi indicado no projeto a fonte dos recursos, estimados em 80 milhões de reais. No entanto, o Governo Federal vetou outra parte do projeto que determinava que os recursos seriam repassados através do SUS. Nesse caso, a justificativa foi de que os absorventes não se enquadram na lista de insumos essenciais. 

Frente a isso, as deputadas estaduais Cristina Silvestri (CDN), Cantora Mara Lima (PSC), Mabel Canto (PSC) e Luciana Rafagnin (PT) assinaram, de maneira conjunta, um documento que será enviado ao Congresso Nacional pedindo o comprometimento de parlamentares para a derrubada dos vetos presidenciais. A Petição conta também com a assinatura de vereadoras de municípios de todas as regiões do Estado, em um esforço conjunto para trazer atenção ao tema, como reforça a deputada Mabel Canto.

Mulheres em situação de extrema pobreza têm recorrido aos mais diversos materiais durante o período menstrual, desde jornais até miolo de pão. Além do risco de contrair doenças, os impactos da falta de dignidade menstrual vão além da área da saúde. Para se ter uma ideia, a cada 4 jovens, uma não frequenta as aulas nesse período.

 

 Fonte - AERP