Diferente do que vendem os comerciais de margarina, uma quantidade significativa de paranaenses não tem a presença do pai no núcleo familiar. E este é um problema que está presente muitas   vezes desde o começo da vida. No primeiro semestre de 2020, 5% das crianças foram registradas no Paraná apenas com o nome da mãe. Foram 3.788 crianças segundo os dados da Central Nacional de Informações do Registro Civil. E este percentual tem se mantido estável nos últimos anos. Esta ausência geralmente tem um impacto na identidade e na sentido de pertencimento da pessoa, como avalia a psicóloga Luci Pfeiffer, que coordena o Dedica, programa de apoio a crianças e

Agora uma iniciativa do Governo do Estado vai garantir o acesso à crianças e adolescentes beneficiários da Justiça gratuita ou da assistência judiciária no Paraná a exames de comprovação de paternidade. Os exames de DNA serão processados pelo Laboratório de Genética Humana da Universidade Estadual de Londrina (UEL), e podem ser feitos durante a gravidez ou após o nascimento por meio da análise do sangue, saliva ou fios de cabelo da mãe, do filho e do suposto pai.

A previsão é que o laboratório da UEL processe cerca de mil exames por ano, demanda atual de pedidos represados na Justiça. Para isso, o Fundo da Infância e Adolescência, administrado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente, vai disponibilizar 1 milhão e 100mil reais anualmente por, pelos menos, quatro anos.

O Governador Ratinho Junior comentou a parceria.

O secretário estadual da Justiça, Família e Trabalho, Ney Leprevost, disse que os exames garantem um direito fundamental ao cidadão que é o de saber e ter reconhecidos seu pai e sua mãe.

O recurso é é direcionado à aquisição de insumos usados no processamento dos testes de DNA. A coleta dos materiais genéticos vai abranger os 399 municípios paranaenses, já que as amostras serão recolhidas nos laboratórios da Polícia Científica do Paraná. A parceria que envolve onze instituições públicas paranaenses.

Amanda Yargas