Você já imaginou como seria o Brasil sem a participação política das mulheres? Até algumas décadas atrás, isso era uma realidade. No entanto, graças à coragem e determinação de algumas mulheres incríveis, essa história começou a mudar. Uma delas foi a professora do Rio Grande do Norte, da cidade de Mossoró, Celina Guimarães, a primeira eleitora do Brasil, antes mesmo da instituição do voto feminino, que só aconteceu em 1932. A luta continuou, até Antonieta de Barros se tornar a primeira mulher a assumir um mandato eletivo no país, como deputada estadual em 1934. No Paraná, Maria Olympia, foi a primeira vereadora de Curitiba. A Desembargadora e presidente do Núcleo de Diversidade e Inclusão do TRE-PR, Flávia da Costa Viana, fala sobre os avanços da política feminina ao longo dos anos.

Mesmo com as dificuldades, avançamos. E em 2011, Dilma Rousseff fez história ao se tornar a primeira mulher presidente do Brasil.  Ela mostrou que o Palácio do Planalto também pode ser liderado por elas. Já Erika Hilton foi a primeira mulher trans a ser eleita no país, em 2020, para a Câmara de São Paulo. E, mais recentemente, em 2023, a líder indígena e ativista ambiental Sônia Guajajara se tornou a primeira indígena a ocupar um ministério no país. Sua presença representa um marco de diversidade, como pontua a desembargadora.

Mas ainda temos um longo caminho pela frente. Cerca de 53% do eleitorado no país é composto por mulheres, mas atualmente a participação delas na política é de apenas 15%. Ou seja, apesar dessas conquistas, as mulheres ainda enfrentam desafios, entre eles, a violência de gênero, que pode se manifestar desde assédio e ameaças até agressões físicas. Flávia fala sobre essas barreiras que precisam ser quebradas para conferir mais espaço à mulher na arena política.

Na próxima segunda-feira (27), o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) promove, em parceria com a Secretaria da Mulher, Igualdade Racial e Pessoa Idosa (Semipi) e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Paraná (OAB-PR), o “V Seminário de Violência Política de Gênero”. O encontro será no auditório da OAB em Ponta Grossa.