Mulher é brutalmente assassinada pelo ex-marido em Quatiguá
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Criado por: Rádio Bom Jesus
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Postado em: 02/07/2019
Camila Rocha, 29, teve afundamento de crânio provocado por um botijão de gás; autor possui várias passagens por violência doméstica
Um crime bárbaro chocou os moradores de Quatiguá (Norte Pioneiro paraense) no início da tarde desta terça-feira (26). Uma mulher de 29 anos, identificada como Camila Domingues Borges, foi brutalmente assassinada por seu ex-marido, Marcelo Gabriel da Rocha, 40, que confessou ter utilizado um botijão de gás para golpear a vítima na cabeça.
Camila teve afundamento de crânio e morreu antes da equipe de socorristas chegar ao local. De acordo com o Setor de Comunicação Social da Polícia Militar, o crime ocorreu por volta das 13h40 e o autor fugiu em um VW Gol de cor vermelha, com placas de Quatiguá.
Pouco tempo depois de praticar o crime, o assassino ‘furou’ um bloqueio policial na PR-272, em Pinhalão, e foi perseguido até Japira, onde foi cercado e preso em flagrante por feminicídio. Marcelo Gabriel da Rocha foi encaminhado à 37ª Delegacia Regional de Polícia de Ibaiti.
Conforme a PM, Rocha possui diversas passagens por violência doméstica – que tiveram início em 2011 – e, até o dia 18 de janeiro, estava preso por descumprimento de medida protetiva que garantia a integridade física de Camila Domingues Borges.
O casal tem um filho de 12 anos, que, segundo o assassino, estaria na escola no momento do crime.
Mais de 500 mulheres são agredidas por hora no Brasil
Levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública estima que mais de 16 milhões de mulheres, cerca de 27,35% das brasileiras, sofreram algum tipo de violência durante o ano passado. De acordo com a pesquisa, 536 mulheres são agredidas por hora no país, sendo que 177 sofrem espancamento.
A pesquisa do Instituto Datafolha ouviu 2.084 pessoas em 2018. Mais da metade (52%) das entrevistadas declarou que não procurou ajuda após as agressões; 15% falaram sobre o assunto com a família; 10% fizeram denúncia em delegacias da Mulher; 8% procuraram delegacias comuns; 8% procuraram a igreja e 5% ligaram para o telefone 190 da Polícia Militar.
A violência foi cometida, em 76,4% dos casos, por conhecidos, como cônjuge (23,9%), ex-cônjuge (15,2%), irmãos (4,9%), amigos (6,3%) e pais (7,2%).
Os números indicam que o grupo mais vulnerável está entre os 16 e os 24 anos, pois 66% das mulheres nessa faixa etária sofreram algum tipo de assédio. Na faixa dos 25 aos 34 anos, o índice é de 54% e, dos 35 aos 44 anos, de 33%.
O assédio, que, segundo a pesquisa, atingiu 37% das mulheres, aparece em forma de cantadas ou comentários desrespeitosos ao andar na rua (32%), cantadas ou comentários desrespeitosos no ambiente de trabalho (11,46%) e assédio físico no transporte público (7,78%).
Em casas noturnas, 6,24% das mulheres disseram que foram abordadas de maneira agressiva, com alguém tocando seu corpo; 5,02% foram agarradas ou beijadas à força e 3,34% relataram tentativas de abuso por estarem embriagadas.
Por: tanosite.com