Mulher de 36 anos é o primeiro caso confirmado de febre amarela em Curitiba


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 06/07/2019

A Prefeitura de Curitiba confirmou na tarde quarta-feira (31) o primeiro caso de febre amarela na cidade. O caso é importado do estado de São Paulo, contraído no mês de dezembro. De acordo com o Ministério da Saúde, o Paraná tem quatro casos  suspeitos de febre amarela em investigação e outros 14 suspeitos foram descartados.

(Foto: EBC)

De acordo com a prefeitura, não há caso de macaco encontrado com sinais da doença na capital paranaense. A vítima da doença, uma mulher de 36 anos, esteve em Mairiporã, próximo à capital paulista, entre os  dias 22 a 30 de dezembro. Ela permaneceu internada até o dia 8 de janeiro e já recebeu alta. A Secretaria Municipal de Saúde descarta mudar a recomendação da vacinação, que segue liberada apenas para quem vai às áreas de risco.

Ainda segundo a administração municipal, é importante destacar que não há nenhum outro caso suspeito em Curitiba sendo analisado e nunca houve um caso de contaminação pelo vírus na cidade. “Nossa preocupação é pequena e a população pode ficar tranquila, porque não há caso de transmissão em Curitiba. No período de transmissão, ela esteve internada em observação”, disse a secretária municipal de Saúde, Márcia Cecília Huçulak.

Durante entrevista coletiva, a secretária destacou como é feito o monitoramento em Curitiba. “Todos os macacos mortos são recolhidos e analisados. Alertamos a população para não matar os macacos, porque eles são nossos radares. O que podemos garantir é que a doença não está perto de nós, mas temos que tomar os cuidados”, disse.

Por fim, a secretária destacou a importância de combater o mosquito aedes aegypti, transmissor da febre amarela. “Em Curitiba, está baixo o número de criadouros e é fundamental manter assim. Todo cuidado é pouco”, concluiu.

A febre amarela

A febre amarela é uma doença sazonal, geralmente com aumento de casos entre dezembro a maio. Não há transmissão de pessoa a pessoa.

No ciclo silvestre (cujos casos têm sido registrados recentemente no País), a transmissão é feita pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, sendo o macaco o principal hospedeiro. A transmissão ocorre quando o mosquito que picou um macaco infectado pica o homem.

No ciclo urbano, o homem é o único hospedeiro e a transmissão ocorre a partir do mosquito Aedes aegypti.

Sintomas

1ª fase – período de infecção: febre, calafrios, dores pelo corpo, náuseas e vômitos, comum a várias outras doenças.

2ª fase – período tóxico: febre, icterícia (amarelecimento da pele e dos olhos, daí o nome febre amarela), urina escura, dores abdominais, vômitos.