Dificuldade na interação social não impede autista de trabalhar com o público


  • Criado por: Rádio Bom Jesus
  • Postado em: 19/04/2023

“Direito ao diagnóstico precoce e tratamento; ao acesso à educação e proteção social; e ao trabalho e à igualdade de oportunidades.” São esses os direitos que a Lei da Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista garante desde 2012, no Brasil. Mas, infelizmente, ainda não é o que as pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) vivenciam diariamente. Celebrado no dia 2 de abril, o Dia Mundial de Conscientização do Autismo foi criado justamente para dar voz aos indivíduos com TEA na busca por respeito, igualdade e inclusão. Neste ano, a campanha traz o tema: “Mais informação, menos preconceito”. Esau Henrique Goes, Henrique, como prefere ser chamado, tem 28 anos e foi diagnosticado com TEA recentemente, aos 26. Ele destaca que o diagnóstico foi fundamental para ele conseguir se entender melhor.

Funcionário do Grupo Marista, ele exerce o cargo de operador de teleatendimento, na PUCPR, o qual foi conquistado por meio de um mutirão de vagas PcD, realizado em 2022. Hoje, ele tem bons amigos e colegas de trabalho, mas nem sempre foi assim. Por ter recebido o laudo tardio, Henrique sofreu com o preconceito em seus antigos trabalhos e também na escola, fatos que faziam com que ele mesmo não conseguisse se entender. Ele fala sobre seu trabalho atual.

Segundo a mestre em psicologia e coordenadora do curso de pós-graduação em Autismo, na PUCPR, Thaise Löhr Tacla, é uma tendência global a adoção de políticas públicas para facilitar o ingresso do autista no mercado de trabalho. Ela destaca ainda que ingressar no mercado de trabalho é fundamental para que o indivíduo autista consiga ser independente, tenha autonomia e liberdade para atingir seus objetivos.