O Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de abril, é mais do que uma data simbólica: é um chamado à escuta, à inclusão e ao respeito. Em um mundo onde a diversidade ainda enfrenta barreiras, esse dia nos lembra da urgência de compreender o espectro autista para além dos rótulos. Neste ano, especialistas reforçam que o acolhimento precisa caminhar junto com a informação. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, cerca de 1 em cada 100 crianças em todo o mundo está no espectro autista. No Brasil, esse número ainda é subestimado por falta de diagnóstico precoce e capacitação das redes públicas.    Entre os temas que ganham força nas rodas de conversa e na comunidade científica está o uso da cannabis medicinal no tratamento de alguns sintomas associados ao autismo – principalmente a ansiedade. A Dra. Amanda Dias, médica pós graduada em pediatria e em nutrologia pediátrica, especialista em medicina canabinoide, explica os avanços observados no uso dessa alternativa terapêutica

Elyse Matos, presidente do ICO project – Centro de Desenvolvimento Especializado – TEA e TDAH,   traz uma visão mais ampla sobre os desafios diários enfrentados por pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias, mas também sobre as infinitas possibilidades que essas pessoas possuem. Elyse reforça a importância do diagnóstico precoce, do avanço sobre essa condição e do combate ao preconceito

Para o professor, Dr. Geraldo Peçanha de Almeida, psicanalista, especialista em Educação Infantil e Pós-graduado em TEA, e criador da Lei Mateus Peçanha de Almeida, as leis existem, porém é necessário um olhar mais atento da sociedade

A luta por mais informação, respeito e políticas públicas eficazes ainda é longa, mas cada voz que se levanta ajuda a construir um futuro onde o autismo não seja invisível – e sim compreendido em sua complexidade e beleza.