Para ajudar a indústria da música ao vivo em meio à crise causada pela pandemia de Covid-19, a cantora Suzanne Vega organizou um par de shows beneficentes no Blue Note Jazz Club, em Nova York – local onde ela fez as primeiras apresentações de sua carreira, nos anos 1980. Os concertos serão transmitidos ao vivo nos dias 7 e 8 de outubro.

Por meio de uma parceria com cerca de 100 clubes e promotores independentes dos Estados Unidos e Europa, Vega cederá à todos os colaboradores metade da receita de vendas dos ingressos (somado à taxa, o valor de cada ingresso custa 24 dólares, ou 133,78 reais).

“Eu ouvi boatos de que todos os tipos de lugares estão oscilando e podem não sobreviver”, disse a cantora nova iorquina à revista Rolling Stone. 

“É triste e preocupante, então quando meu gerente [Mark Spector] sugeriu essa ideia para mim, eu fui totalmente a favor. Não sei quanto é possível alguém ganhar, mas você tem potencial para vender o máximo de ingressos possível; não há limite”, acrescentou ela, antes de explicar que os shows não terão plateia no local, com exceção de sua banda – que inclui Gerry Leonard, ex-guitarrista de David Bowie – e equipe de gravação.

“É quase como atuar. Você tem que saber que eles estão lá e mantê-los em sua mente enquanto você está cantando, e fazer funcionar”, disse.

O setlist dos shows irá enfatizar o material de seu novo álbum temático ao vivo, “An Evening of New York Songs and Stories” (Uma Noite de Músicas e Histórias de Nova York, em tradução livre), lançado em setembro deste ano.

Gravado no início de 2019 no Café Carlyle de Nova York, o disco apresenta remakes de canções inspiradas em Manhattan (como “New York Is A Woman”, “Luka” e “Tom’s Diner”), além de uma versão de “Walk on the Wild Side” (de seu amigo Lou Reed).