Marina Sena desponta como revelação do pop de 2021 com músicas sobre amor e 'voz agreste'
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Criado por: Adriana Diniz
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Postado em: 13/09/2021
Quando "De Primeira" saiu em agosto, quem gosta de música brasileira passou a ouvir o álbum de Marina Sena em looping, sonhando com uma tarde ensolarada de festival.
As músicas que falam de amor com arranjos tropicais e clara influência do pop latino (alô, Kali Uchis) credenciam a cantora mineira de 24 anos ao título de revelação do pop brasileiro de 2021.
A vontade de cantar e trabalhar com música vem desde de cedo e chegou a ser confundida com "esquisitice" para uma criança de Taiobeiras, no norte de Minas Gerais.
"Eu já era muito 'artistinha' assim, mas achava que era esquisita. Depois que falei: não, sou artista, justificando a minha esquisitice porque era muito expressiva, muito chamativa", diz Marina ao G1.
Marina passou em uma etapa da seletiva do "The Voice Brasil", aos 17 anos, e viu como um sinal de que poderia tentar uma carreira, de fato. Mudou-se para Montes Claros, onde começou a Outra Banda da Lua. O projeto foi a ponte até a formação de outro grupo, o Rosa Neon.
Ambos não existem mais, mas foram espaços nos quais compôs e cantou músicas conhecidas de quem curte uma MPB mais alternativa, como "Cavalaria" e "Ombrim".
Uma paixão que não é para acontecer, a vontade de uma pegação e até um término de relacionamento já viraram música na mão de Marina. Ela brinca que até tenta cantar sobre outros assuntos diferentes, mas é difícil.
"Sou uma pessoa que sente muito, vou sempre falar disso, não tem jeito. Toda hora eu começo a fazer uma música falando: 'Eu não vou falar de amor'. Só que passa cinco minutos e eu já estou lá de novo."
"Pelejei", segunda faixa do disco, fala exatamente sobre uma tentativa de não se apaixonar, que foi pauta até de conselhos da mãe de.... Marina.
Tudo porque o crush em questão era simplesmente o produtor do disco, Iuri Rio Branco. Eles começaram a namorar durante o processo do 1º álbum, que foi feito com a Marina em Belo Horizonte e ele, em São Paulo.
"A gente nem se conheceu pessoalmente, foi tudo à distância. Já apaixonei antes de conhecer", diz, novamente rindo, ao lado dele na van.
Ela explica a sonoridade do disco como uma mistura da sua personalidade com a de Iuri. "Sou realmente aquela pessoa que sente todas aquelas coisas ali".
"É exatamente o que queria, mas não sabia como era exatamente. Eu já tinha algumas referências de sonoridade assim, mas a leitura de Iuri é muito moderna, com referências de todo tipo de música brasileira, misturado com tudo que está rolando no mercado latino e mundial mesmo".
Kali Uchis brasileira e Marisa Monte mais jovem são conexões que surgem e deixam Marina feliz. Sobre a primeira, é uma referência que dá para pescar na primeira ouvida.
"Acho muito difícil uma cantora hoje, no início como eu, que não se inspira na Kali Uchis. Ela é muito referência, porque ela é muito artista, ela é uma grande compositora... Mas não só, Rosalía, Alicia Keys, Mayra Andrade também, sabe?", continua.
Por Gabriela Sarmento e Rodrigo Ortega, G1
Foto - Divulgação/Fernando Tomaz
Link da matéria - https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2021/09/13/marina-sena-desponta-como-revelacao-do-pop-de-2021-com-musicas-sobre-amor-e-voz-agreste.ghtml