Anitta e outros nomes do funk falam de mortes em Paraisópolis e relatam experiência em bailes
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Criado por: Adriana Diniz
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Postado em: 04/12/2019
Alguns dos nomes mais conhecidos da música no Brasil repercutiram, nos últimos dias, as mortes no Baile da 17, festa de funk em Paraisópolis, comunidade de São Paulo.
Na madrugada de domingo (1º), nove pessoas morreram pisoteadas e outras 12 ficaram feridas após uma ação da Polícia Militar no evento, famoso entre artistas e outros profissionais do funk na capital.
"Se fosse há uns anos, poderia ter sido eu, minha mãe e meu irmão. Uma das coisas que a gente mais fazia quando eu estava começando era cantar em baile de favela", lembrou Anitta.
A cantora, hoje com repertório mais pop, iniciou a carreira cantando funk em festas de rua no Rio. No vídeo publicado no Instagram, ela acrescentou:
"Se o funk incomoda tanto, se o baile incomoda tanto, vai na raiz do problema, que não é matar as pessoas. É dar educação de qualidade."
Kondzilla, principal produtor de funk em São Paulo, lamentou as mortes e disse que um dos objetivos de seu trabalho é "mudar o olhar de preconceito" sobre os bailes.
"Precisamos unir todas as frentes para iniciarmos um novo momento da história do funk, da juventude e das favelas de São Paulo."
Um dos principais representantes do movimento do funk 150 bpm no Rio, o DJ FP do Trem Bala também falou sobre o episódio. "Poderia ter sido eu, que trabalho com isso e frequento baile de favela. Poderia ter sido meus amigos, que também frequentam", disse.