'Justiça será feita', diz Flamengo após denúncia contra ex-presidente


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 17/01/2021

Na última sexta-feira, às vésperas da tragédia no Ninho do Urubu completar dois anos, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou Eduardo Bandeira de Mello, ex-presidente do Flamengo, e outras dez pessoas pessoas, que podem responder por crime de incêndio culposo (quando não há intenção), por conta dos dez jovens que morreram, e lesão corporal grave - pelos três que sobreviveram.

Nenhum dirigente da atual gestão foi denunciado, mas há dois funcionários atuais que estão presentes na denúncia distribuída para a 36ª Vara Criminal. A reportagem procurou o Flamengo, que se diz "à disposição da Justiça, como sempre esteve", afirmando que "acredita que será feita justiça".

"O Flamengo está acompanhando o processo judicial envolvendo a eventual responsabilização criminal pelo incêndio do ninho do Urubu e tomou conhecimento do oferecimento da denúncia pelo MP. O clube está à disposição da Justiça, como sempre esteve, e acredita que será feita justiça. O clube prefere não se manifestar sobre o mérito, haja vista sua plena confiança na Justiça", diz o Flamengo, via assessoria de imprensa.

Das pessoas denunciadas junto a Bandeira de Mello, está Carlos Noval, então diretor da base e, atualmente, gerente de transição (base-profissional). Prestadores de serviços, pessoas ligadas à empresa que forneceu os contêineres que pegaram fogo no dia 8 de fevereiro de 2019 e outros funcionários do clube estão entre os denunciados pelo MPRJ.

Os onze denunciados responderão por crime de incêndio culposo e lesão corporal grave caso a denúncia seja aceita. O grupo não corre o risco de ir a júri popular, uma vez que não foi denunciado por homicídio.