Comissão finaliza protocolo médico e aguarda aprovação da diretoria da CBF para distribuição aos clubes


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 15/04/2020

Os médicos consultaram protocolos que já estão sendo utilizados nas federações da Espanha, de Portugal e em alguns clubes do Japão e da Alemanha, como o Bayern de Munique e o Bayer Leverkusen.

Cada médico escreveu parte do documento e depois passou para Pagura consolidar as sugestões e discutir as ideias. O documento já foi enviado para a presidência da CBF, que agora passa pelo departamento jurídico e de competições para última análise.

Alguns dos pontos definidos no protocolo:

Testes de coronavírus

Medição de temperatura

Treinos com grupos separados

Uso limitado de instalações do clube, com cozinha e vestiário fechados

Tratamento médico e fisioterapia com cuidados especiais

Corredor de segurança no local de treino

Contratação de empresas de desinfecção e descontaminação

 

 

Maioria de clubes decide por mais 10 dias de férias para jogadores em reunião de direitos internacionais

Encontro online reúne clubes das série A e B e analisa propostas para venda de transmissão do campeonato, ainda indefinido, para fora do país. Bota, Fla e Vasco vão aguardar Ferj

Em reunião nesta tarde com a CBF e representantes dos clubes das séries A e B, a maioria dos dirigentes dos clubes decidiu estender por mais 10 dias as férias de jogadores. Portanto, a volta que seria dia 21 de abril, passa para início de maio. A decisão tem efeito dos clubes e federações ganharem mais tempo para organizar os departamentos e protocolos médicos para possível retorno ao futebol. Apesar da maioria ir ao encontro da decisão de dar mais 10 dias de férias aos jogadores, Botafogo, Flamengo e Vasco vão aguardar deliberação da Ferj, que promove estudos sobre o retorno da competição. Vão ter a prerrogativa de decidir, a partir daí, se retornam as atividades no dia 21 de abril.

 

 

A CBF finaliza os últimos ajustes para divulgar protocolo médico de prevenção ao coronavírus para retorno ao futebol. O documento não prevê data para a bola rolar, mas apenas determina cuidados mínimos para dar segurança a atletas e todos envolvidos em clubes e nos jogos.

O protocolo foi montado com a coordenação do presidente da Comissão Nacional de Médicos da CBF, Jorge Pagura, que reuniu os chefes dos departamentos médicos do Atlético-MG, Rodrigo Lasmar, que também é da Seleção, Marco Azizi, do Fluminense, que participou da comissão técnica da seleção masculina sub-23, do Flamengo, Márcio Tannure, do Avaí, Luis Fernando Funchal, e da Ponte Preta, Roberto Nishimura. O infectologista Sergio Wey, do Hospital Albert Einstein, orientou os médicos.

Os médicos consultaram protocolos que já estão sendo utilizados nas federações da Espanha, de Portugal e em alguns clubes do Japão e da Alemanha, como o Bayern de Munique e o Bayer Leverkusen.

Cada médico escreveu parte do documento e depois passou para Pagura consolidar as sugestões e discutir as ideias. O documento já foi enviado para a presidência da CBF, que agora passa pelo departamento jurídico e de competições para última análise.

 

Alguns dos pontos definidos no protocolo:

Testes de coronavírus

Medição de temperatura

Treinos com grupos separados

Uso limitado de instalações do clube, com cozinha e vestiário fechados

Tratamento médico e fisioterapia com cuidados especiais

Corredor de segurança no local de treino

Contratação de empresas de desinfecção e descontaminação

 

Confira mais detalhes:

 

Testes de coronavírus

O grupo de trabalho levantou custos para aquisição de aparelhos para testes de coronavírus. O Flamengo já se antecipou e comprou 600 equipamentos. Há expectativa da CBF e das federações assumirem essa compra de testes - o que ainda depende de disponibilidade de produtos.

Medição de temperatura

Outro aliado tecnológico na prevenção do coronavírus, aparelhos de medição de temperatura à curta distância - sem necessidade de encostar no atleta, como já acontece em alguns aeroportos - serão fundamentais para o retorno aos treinos.

 

Na Alemanha, os jogadores foram orientados a chegarem ao CT de 10 em 10 minutos. A temperatura deles era medida ainda no carro. Caso um atleta esteja com temperatura alta, ele pode nem descer do carro e ser encaminhado para quarentena em casa. No Brasil, alguns clubes vão adotar procedimento semelhante, com intervalo maior de chegada dos atletas no local de treino.

 

Treinos separados

Como treinar evitando contato entre jogadores? Não é simples, muito menos cômodo, mas a ideia é separar jogadores por turno de trabalho e até por campos, se houver estrutura para isso. A grosso modo, como se o treino de goleiros, sempre separado, seja replicado em treino para laterais, treino para zagueiros, treino para meias, treino para atacantes.

 

As orientações de treinos podem ser feitas em videoconferência e, em caso de uso da academia (prática que atenderia a mesma norma, ou seja, em grupos pequenos), um preparador físico orientava o atleta através de chamada de vídeo.

Uso de instalações do clube

Outro item que depende muito da estrutura do clube, mas em regra o protocolo tem duas ordens:

cozinhas e rouparias fechadas, para evitar exposição de mais pessoas a possível contaminação.

vestiários fechados ou boxes exclusivos para atletas.

Tratamento médico e fisioterapia

 

Com máscaras e luvas apropriadas no contato com os jogadores. Sem conversa e contato físico. Ao fim da sessão de tratamento, higienização do local de trabalho.

A mesma organização de treinos e uso de academia também vale para o trabalho de recuperação e tratamento. Ou seja, um médico cuida de determinado grupo. Outro fisioterapeuta de outro. Caso haja alguma contaminação nesse grupo, o isolamento em quarentena será necessário apenas para este grupo de pessoas.