Cinco motivos que ajudam a explicar a derrocada do Paraná na Série B
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Criado por: Adriana Diniz
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Postado em: 20/08/2019
Há cinco jogos sem vencer na Série B 2019 (quatro derrotas e um empate), o Paraná estacionou na metade da tabela, na 10.ª posição, 23 pontos. Diante do equilíbrio da disputa, no entanto, o Tricolor está somente a três da Ponte Preta, que abre o G4, com 26 pontos.Proximidade que em nada atenua o sentimento de incerteza dos paranistas. O revés por 2 a 1 de virada para o frágil São Bento escancarou as fragilidades do elenco, que anteriormente chegou a emendar quatro triunfos consecutivos e alcançou a vice-liderança na 11.ª rodada. Confira cinco motivos que explicam a derrocada do Paraná na competição.
Folha enxuta, elenco limitado
Com uma das menores folhas salariais da disputa, o Paraná apostou na montagem de um grupo barato e esforçado. Os lampejos de talento recaem sobre o trio emprestado pelo Athletico, os meias João Pedro e Matheus Anjos e o atacante Bruno Rodrigues, além de Fernando Neto.
Quando estes não atuam ou não vão bem, o Tricolor não tem reposição à altura. Ainda no mês passado, o presidente Leonardo Oliveira confirmou a política de austeridade financeira e revelou que o clube ficaria sem diretor de futebol, após a saída de André Mazzuco.
Técnico é uma aposta
Aos 32 anos, o estudioso Matheus Costa é uma aposta da diretoria. Este é apenas o terceiro trabalho do treinador na carreira. Antes, havia sido interino paranista no ano do acesso, em 2017. Em 2018, iniciou a campanha que terminou com o rebaixamento do Joinville para a Série D, mas foi demitido antes da queda.
Em 2019, vinha trabalhando como auxiliar do rival Coritiba, antes de ser novamente convocado pelo Tricolor. Apesar do discurso moderno, o time de Costa vem se notabilizando por jogar um futebol reativo, priorizando defesa e contra-ataques, sendo que a série de derrotas começa a deixar o treinador ameaçado.
Diretoria distante
A não ser para reclamar de algum lance de arbitragem contra o Paraná na Série B, o presidente Leonardo Oliveira pouco aparece para conceder explicações à torcida.
O dirigente de cargo não remunerado excepcionalmente recebe um salário de R$ 25 mil do próprio clube por atuar como administrador do Tricolor em acordo com a Justiça para pagamento de dívidas trabalhistas.
Pesa ainda o fato de o Paraná estar sem um diretor de futebol, desde as saídas do ex-goleiro Marcos e do já citado Mazzuco.
Ingressos avulsos x associados
Há anos a diretoria do Paraná cobra os torcedores a se associarem. O baixo número de sócios, inclusive, é citado com frequência como uma das dificuldades enfrentadas pelos gestores. Com a exceção do acesso em 2017, o fato é que o torcedor paranista se acostumou a seguidas temporadas de desgosto com o time.
Cenário que, aliado à atual realidade econômica do país, desmotiva os tricolores a se comprometer com o pagamento mensal de associado. A saída poderia ser encontrada no rival Coritiba: ingressos super baratos que garantem casa cheia, reaproximam o torcedor e podem criar a tão importante sinergia com o time, crucial na Série B.
Identificação e base feita para vender
Poucos atletas do atual elenco possuem qualquer tipo de identificação com o Paraná, cenário explicitado pelo atacante Jenison, que chamou o clube de “trampolim” após eliminação na Copa do Brasil. O atacante já se explicou e pediu desculpas, antes de renovar até 2020.
As exceções podem ser o goleiro Thiago Rodrigues, o volante Luiz Otávio, os meias João Pedro e Alesson e os atacantes Rafael Furtado e Rodrigo Porto. Jovens da base identificados, que poderiam melhorar a situação, são vistos muito mais como solução financeira do que esportiva e acabam vendidos antes mesmo de se firmarem no clube.
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