Qual o preço de você encarar um desafio sem a postura necessária? Pergunte aos jogadores da seleção brasileira sub-20 e a resposta será incalculável.

O Brasil que chegou à Argentina como favorito terá um Mundial pela frente sem direito ao erro. Isso porque começou devagar demais diante de uma Itália que fez 3 a 0 em 35 minutos. Os dois gols de Marcos Leonardo melhoraram o astral, mas não evitaram a derrota.

Por mais que a competição ainda classifique os quatro melhores terceiros colocados, a equipe de Ramon Menezes sabe que não pode mais jogar tão mal quanto nos 45 minutos iniciais da noite de domingo em Mendoza. A diferença de postura, agressividade e segurança foi flagrante.

Enquanto o Brasil entrou para sentir o jogo, a Itália foi avassaladora antes mesmo do 1 a 0 aos 10 minutos. O combo de relaxamento e desatenção custou caro para os brasileiros que pouco apresentaram de positivo na etapa inicial.

Mais do que apontar erros individuais, o Brasil pecou como postura coletiva. Espaçado, permitia que a Itália pressionasse e verticalizasse as ações no campo ofensivo. Um caos total.

Na volta do intervalo, Ramon trocou peças, deu fôlego e tornou o time mais competitivo. Não que o Brasil tivesse envolvido os italianos por um jogo organizado, mas ao menos a transpiração equilibrou as ações.

O poder de fogo de Marcos Leonardo foi suficiente para colocar a Seleção no jogo e mostrar que basta competir e se organizar. Peças como Kevin, Matheus Nascimento e Savinho deram uma sobrevida que suavizam o impacto do revés.

Diante do susto inicial, o 3 a 2 tornou dos males o menor, mas a pressão é inevitável. Não dá para jogar novamente tão mal. Fica a lição.