Faltando 200 dias para os Jogos Pan-Americanos de Santiago, no Chile, que serão entre o fim de outubro e começo de novembro, o Brasil já tem mais de 400 vagas garantidas e está com a expectativa de levar até 600 atletas. Os nomes, porém, ainda estão longe de ser definidos. Mas, é possível afirmar que o Brasil pode sim chegar a 200 medalhas, o que seria histórico. Mas para isso acontecer, a delegação tem que ter praticamente 100% da força. No Podcast Rumo ao Pódio, Guilherme Costa e Marcel Merguizo explicam como chegaram nesse cálculo.

 O recorde histórico do Brasil é 169 medalhas, conquistadas em Lima 2019. Antes disso, a maior marca havia sido no Pan do Rio 2017, com 157.

A projeção de chegar nas 200 medalhas, um número 15% maior que na última edição do Pan, se coloca factível por conta de uma série de novas provas para o Pan de 2023. Farão estreia disputas que o Brasil é super favorito ao pódio, como as provas por equipes do taekwondo (masculina e feminina), prova por equipes mistas do judô, a introdução do skate e do trampolim duplo da ginástica de trampolim.

O número, porém, só será possível caso o Brasil opte por levar sua equipe principal em todas as modalidades. A orientação do COB é para as Confederações levarem seus times principais, a não ser que haja um Campeonato Mundial na mesma data do Pan.

Levando em conta os resultados dos últimos Jogos Pan-Americanos e as marcas alcançadas no início deste ciclo olímpico, é possível afirmar que o esporte brasileiro continua crescendo. Isso nos leva a crer que o número de pódios no Pan também vai aumentar.

O Pan desse ano ainda tem uma novidade: vários atletas conseguiram vagas extras com títulos nos Jogos Pan-Americanos júnior de 2021. Ou seja, em algumas categorias do judô e taekwondo,por exemplo, o Brasil poderá ter dois atletas. Em provas de natação e atletismo, que o limite já é de dois por país, pode ter um terceiro nome brasileiro, aumentando as possibilidades.

Ainda sem saber a delegação brasileira que vai aos Jogos na maioria das modalidades e com pouca informação do time que EUA e Canadá vão mandar para a competição, é difícil fazer uma projeção de cada umas das 61 modalidades. Mas, com o histórico recente em Pans, já é possível dizer que americanos vão com sua força máxima em 65% dos esportes e o Canadá em mais ou menos 55%.

Aqui cabe lembrar que uma equipe C dos EUA na natação, que é o que o país levou nas últimas três edições dos Jogos Pan-Americanos, costuma contar com vários medalhistas olímpicos e campeões mundiais. Ou seja, mesmo com a equipe reserva da reserva, os EUA vão conquistar dezenas de medalhas no Pan.

Numa projeção ainda inicial, que pode ser mudada (e muito) nos próximos meses, dá para pensar em grandes quantidades de medalhas no atletismo (17), natação (36), ginástica (30, somando artística, rítmica e trampolim), judô (13), vela (9) e canoagem (10). Aqui já seriam 115 medalhas.

Outros esportes como taekwondo, tênis de mesa, boxe, e caratê devem conquistar na casa de oito medalhas cada um. Essa mesma soma deve ter nos esportes coletivos (somando futebol, vôlei, vôlei de praia, basquete 3x3,basquete, handebol, polo aquático, rugby, hóquei, beisebol). Aqui já são mais 40 pódios.

Vários esportes devem conquistar medalhas (no plural), casos de badminton, triatlo, hipismo, levantamento de peso, ciclismo, remo, esgrima, wrestling, tiro com arco, tênis, tiro, surfe, skate, e saltos ornamentais. Desse bolo devem vir mais 40 pódios. Nado artístico, pentatlo moderno, breaking, golfe e escalada não aparecem como favoritos, mas podem surpreender.

Há ainda expectativas em esportes não olímpicos, casos de patinação, boliche, squash e esqui aquático. No último Pan, veio medalha até na pelota basca. Provavelmente daqui devem vir mais cinco medalhas, o que chegaria a 200 no total.

Ainda é uma conta embrionária, tem muita coisa ainda a ser decidida. Mas a 200 dias dos Jogos Pan-Americanos, pode-se afirmar que, levando uma equipe quase completa em todas as modalidades, o número de 200 pódios é bem factível.

Fonte - Ge Esportes