Qual a relação entre não sentir cheiros e a doença de Parkinson?


  • Criado por: Rádio Bom Jesus
  • Postado em: 26/03/2024

Sentir o cheiro do almoço sendo preparado, da grama sendo cortada ou daquele perfume que lembra alguém são experiências naturais que fazem parte do dia a dia. A perda dessa sensibilidade pode ser um indicativo de doenças. Uma delas é a de Parkinson, como indica uma pesquisa da Universidade Federal do Paraná.

Há outros sintomas precoces, como distúrbios de humor e transtorno comportamental do sono. Já os tremores são considerados manifestações mais avançadas da doença. A doutora em Farmacologia pela UFPR Laís Rodrigues, que pesquisa o tema, explica:

O trabalho de Laís Rodrigues investiga de que forma esse distúrbio se manifesta e busca medidas para facilitar o diagnóstico clínico precoce. Ela também estuda um medicamento que possa reverter a condição relacionada ao olfato. No método usado, a doença é induzida em ratos, no laboratório, para testar a sensibilidade deles aos cheiros. De acordo com os resultados obtidos, os animais não reconhecem a diferença de odores de ambientes distintos. A pesquisa não realizou testes com humanos.

Ainda não há cura para Parkinson, mas a busca pelo diagnóstico precoce, a partir dos sintomas iniciais, como a perda do olfato, pode ajudar a identificar a doença em estágios menos ofensivos.

Diagnosticar a doença não é simples. Exige acompanhamento regular com médico neurologista. Apesar dos exames realizados ao longo das consultas, o diagnóstico é baseado na reação do paciente a medicamentos e testes. O único método de tratamento com resultado comprovado é o exercício físico. É o que explica a neurologista Patrícia Bonilha, especialista em Distúrbios do Movimento e Doença de Parkinson.

 

Agência Escola UFPR – Um projeto da Universidade Federal do Paraná que conecta ciência e sociedade. Para apresentar aos públicos as pesquisas da UFPR, produz conteúdos em vários formatos, como matérias, reportagens, audiovisuais, eventos e muito mais.