Ansiedade e depressão provocam aumento de peso na pandemia


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 11/08/2020

 Um estudo feito pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) apontou que os casos de depressão praticamente dobraram desde o início da pandemia.

Entre março e abril, uma pesquisa online mostrou que o percentual de pessoas com depressão saltou de 4,2% para 8%. Para ansiedade, o índice foi de 8,7% para 14,9%. Cansaço, indisposição, fadiga, alteração no apetite sexual irritabilidade, compulsão alimentar, aumento de peso. Esses são alguns sinais de que algo está desregulado no corpo.

Segundo a médica Márcia Simões, a situação de isolamento social favorece quadros de ansiedade e depressão e é comum que as pessoas procurem conforto em alimentos não muito saudáveis.

A ansiedade aumenta a produção do hormônio cortisol, conhecido como hormônio do estresse. Ele altera o metabolismo, que pode ficar mais lento e dificultar a queima de gordura e o emagrecimento.

Outra pesquisa, esta realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), sugere que pessoas acima do peso têm maior risco de passar por complicações ao se infectar com o novo coronavírus. Segundo o estudo, o vírus transforma as células de gordura em uma espécie de reservatório, aumentando a carga viral e com isso, o tempo de recuperação dos pacientes.

De acordo com a nutricionista Priscila Freiberger, ter uma alimentação mais saudável começa pelas escolhas já na hora das compras.

Além disso, é possível dar ao cérebro a sensação de gratificação com alimentos mais saudáveis. A nutricionista indica escolher aqueles que possuem triptofano, um aminoácido usado pelo organismo na produção da serotonina, conhecida popularmente como o hormônio da felicidade.

Mas as mudanças na alimentação devem vir associadas a um novo estilo de vida, como explica a médica Márcia Simões.

 

 

Repórter Amanda Yargas