Policiais e agentes carcerários alertaram sobre risco de rebelião com fuga em massa


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 26/11/2019

A rebelião com fuga em massa ocorrida no último fim de semana na cadeia pública de Santo Antônio da Platina foi prevista por fontes ligadas ao Depen (Departamento Penitenciário) e à Polícia Civil. Segundo as denúncias, dias antes ao motim, a carceragem construída para 35 presos estava superlotada (com mais de 120 detentos) e não há efetivo para realizar a manutenção dos presos.  

Uma das fontes revelou que após o assassinato de um preso acusado de crime sexual, ocorrido no fim de outubro em uma das alas da carceragem platinense, não houve vistoria nas celas para encontrar possíveis objetos e armas que pudessem auxiliar os trabalhos de investigação para esclarecer o caso, fato confirmado à reportagem por outra fonte da Polícia Civil. O Depen também não teria explicado às autoridades, ainda, a razão de ter colocado um preso acusado de estupro junto a outros detentos, mesmo ciente das consequências que a medida poderia resultar.

Ainda segundo as denúncias, a estrutura do Depen, em Santo Antônio da Platina, estaria completamente fragilizada. Alguns agentes do quadro de funcionários teriam pedido desligamento das funções, enquanto outros o afastamento para tratamento psicológico em consequência da rotina exaustiva de trabalho, obrigando o órgão a fazer uma espécie de rodízio entre os agentes da região para atender as escalas de plantão, mesmo diante do risco iminente que a medida ofereceria.