Secretaria de Estado da Saúde promove evento sobre ações contra a febre amarela em Curitiba


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 04/10/2019

O Manejo Clínico da Febre Amarela foi tema desenvolvido em uma palestra dada por técnicos do Ministério e da Secretaria de Estado da Saúde, nesta quinta-feira. Participaram do evento, em Curitiba, mais de 200 profissionais da área, além de gestores municipais de todas as regiões do Estado. Na abertura, o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, disse que o encontro é mais uma ação que o Governo promove com o objetivo de proteger a população antes do período sazonal da doença, que ocorre entre dezembro e maio. Segundo ele, desde o início do ano, o Paraná vem desenvolvendo e executando o plano de controle da febre amarela, com apoio do Ministério da Saúde, Fundação Oswaldo Cruz, Sucan de São Paulo, secretarias de Saúde dos estados de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e, principalmente, em parceria com os municípios. Beto Preto lembrou que em março deste ano o Paraná registrou uma morte por febre amarela e que a pessoa não estava imunizada.

 No evento, os participantes receberam informações sobre diagnóstico inicial da febre amarela, fluxo de exames laboratoriais, imunização e protocolos de tratamento. O consultor do Ministério da Saúde, Vitor Borges, explicou a necessidade desta atualização dirigida aos profissionais.

 A coordenadora-geral de Vigilância das Arboviroses, Juliana Chedid Rossi, ressaltou que o vírus da febre amarela está circulando nos três estados do Sul e que, como já circulou em anos anteriores, o retorno agora pode provocar um número maior de casos. A vacina da febre amarela está disponível em todas as unidades de saúde do Estado, e apenas uma dose basta para proteger por toda a vida. Na rotina das unidades, a indicação é que a dose seja aplicada a partir dos nove meses até os 60 anos. Para moradores de municípios que têm casos confirmados de circulação viral de febre amarela, o Ministério da Saúde está recomendando também a imunização de pessoas acima de 60 anos. De julho de 2018 até o mesmo mês deste ano, segundo Boletim Epidemiológico publicado pela Secretaria, o Paraná registrou 17 casos confirmados de febre amarela e uma morte. O estado teve 480 notificações da doença e 49 casos confirmados de epizootias, que é a infecção e morte de macacos. Vale ressaltar que eles não transmitem a doença para os humanos, sendo também infectados pela picada do mosquito, e se transformam em sentinelas. Isso porque o aumento de mortes desses primatas é um alerta em regiões onde o vírus da febre amarela está circulando. (Repórter: Wyllian Soppa)