Natal é ressignificado por quem venceu a covid-19


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 22/12/2021

O professor de química, Robert Gessner Junior, de 32 anos, está próximo a completar um ano que venceu a covid-19. Ele foi internado na UTI do Hospital Marcelino Champagnat, em Curitiba, três dias antes do Natal de 2020, com 50% do pulmão comprometido. Passou a data ligado a um respirador e antes do Ano Novo precisou ser submetido ao procedimento da Oxigenação por Membrana Extracorpórea que funciona como pulmão e coração artificiais. Acordou do coma no dia 8 de janeiro e precisou de meses para se recuperar das sequelas da doença e voltar ao trabalho, mas uma paralisia na mão e no pé direito ainda persiste. Para ele, o Natal passou a ser também uma data para celebrar e agradecer pela vida.

O pensamento também é compartilhado pelo médico intensivista Jarbas da Silva Motta Junior. Ele coordena a UTI onde o professor ficou internado e foi o primeiro a atender um caso grave da doença na capital paranaense, no início da pandemia. Para o médico, não tem como deixar de fazer um balanço de tudo o que ele passou e viu trabalhando na unidade de terapia intensiva.

No Brasil, 22,2 milhões de pessoas foram infectadas pela covid-19 desde o início da pandemia e mais de 618 mil perderam a vida. Na primeira semana do mês de dezembro, a média móvel de mortes no país ficou em 188 – a menor desde 22 de abril de 2020, e bem abaixo da média de abril deste ano, quando morriam duas mil pessoas por dia. O médico reforça que mesmo com a sensação de alívio, a pandemia ainda não acabou, por isso, é fundamental alguns cuidados, como o uso da máscara e higienização das mãos.