Mesmo depois do pronunciamento de Bolsonaro, Governos do PR, SC e RS decidem continuar com as estratégias de enfrentamento ao coronavírus


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 27/03/2020

O novo coronavírus provoca uma síndrome respiratória aguda grave, chamada de Covid-19. A doença se espalhou pelo mundo e já infectou cerca de 376 mil pessoas em 196 países, deixando 16 mil mortos, segundo a Organização Mundial de Saúde. A transmissão é bastante rápida porque o vírus se propaga pelo ar, numa distância de 1 metro quando o infectado fala, mas pode chegar a 3 metros com quando tosse e até 12 metros quando espirra, contaminando todo o ambiente.

Sem um controle, a transmissão cresce de forma exponencial provocando o colapso dos sistemas de saúde, que não estão preparados para lidar com tantos doentes ao mesmo tempo.

Para evitar que isso aconteça, tanto a Organização Mundial de Saúde, quanto a comunidade médica, quanto autoridades governamentais do mundo todo tem tomado medidas de isolamento social. Com isso, o vírus se espalha mais devagar, fazendo com que os sistemas de saúde consigam dar conta de atender a quantidade de infectados em cada momento, evitando que a condição se agrave e diminuindo drasticamente o número de mortes, como explica o governador de Santa Catarina, Carlos Moisés.

Quando a crise do coronavírus começou a se agravar no país, o Ministério da Saúde passou a orientar que cada estado tomasse as medidas que fossem necessárias de acordo com a sua situação epidemiológica. Em Santa Catarina, por exemplo, entre as medidas de combate, o governo determinou a suspensão de transporte de pessoas nas divisas e fronteiras e entre as cidades do estado. Santa Catarina tem a maior quantidade de casos confirmados da Covid-19 na Região Sul, com mais de 100 pessoas diagnosticadas com a doença.  O Rio Grande do Sul confirmou nessa quarta-feira a primeira morte por conta do novo coronavírus. Tani Ranieri, chefe da vigilância epidemiológica da Secretaria Estadual da Saúde do estado gaúcho reforça os cuidados necessários para que os infectados não disseminem a doença para suas famílias durante o isolamento.

Com a quarentena, muitas famílias correram aos mercados e farmácias para estocar alimentos, itens de higiene e medicamentos. No entanto, isso impacta de forma negativa a situação da pandemia, já que os preços sobem, alguns produtos somem das prateleiras e pessoas que precisam destes itens podem ficar sem. É importante lembrar que mercados e farmácias foram considerados serviços essenciais e por isso vão continuar funcionando, mesmo que com adaptações durante a crise. Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, não há perigo de desabastecimento da população.

No Paraná até o fechamento desta reportagem havia 65 casos confirmados de Covid-19 a menor taxa da Região Sul.

 

De Curitiba, repórter Amanda Yargas