Várias regiões produtoras do Paraná sofreram com as geadas e o Norte Pioneiro também foi uma delas. A região abriga diversas plantações de café e inclusive tem selo de Indicação de Procedência para cafés especiais e também para as goiabas da cidade de Carlópolis.  

Mas, neste ano, a geada veio forte e comprometeu grande parte da lavoura, como conta o produtor Ricardo Batista dos Santos, membro da Cooperativa de Cafés Especiais e Certificados do Norte Pioneiro do Paraná (COCENPP).

Uma estimativa preliminar é de que o impacto no cultivo da goiaba será de 70% e de café 50%. Odemir Capello, consultor Sebrae PR avalia que perdas assim ocorrem de tempos em tempos e neste ano, o impacto no mercado já pode ser sentido. E o custo mais alto vai pesar no bolso de quem toma o cafezinho. 

Muitos pés de café tiveram que ter podas drásticas, alguns inclusive rente à raiz e houve também árvores com perda total. No caso de uma poda severa, a próxima produção só ocorre em 2 anos, e sem a capacidade total da planta. Já para árvores novas, a primeira produção leva 3 anos. Ou seja, o preço mais alto deve perdurar por ainda alguns anos. Além disso, para a produção dos cafés especiais é utilizado apenas os melhores grãos, e a colheita vai ser mais direcionada para atender essa demanda, como explica Ricardo.

Apesar da mudança no cenário de produção e venda, o consultor do Sebrae lembra que estes produtores tem apoio e uma rede que os ajudam a passar por momentos de crise.

Fonte - AERP - Amanda Yargas