Dengue: tudo o que você precisa saber sobre a doença


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 22/03/2024

O verão é a estação mais chuvosa do ano - e tanto a temperatura elevada quanto as chuvas frequentes contribuem para o aumento nos casos de dengue. Transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, a doença febril foi classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em três diferentes tipos: “sem sinais de alarme”, “com sinais de alarme” e “grave”. Apesar das manifestações clínicas da infecção, é importante saber que existem casos de dengue assintomática, podendo variar entre quadros febris leves e síndromes hemorrágicas. A infectologista Ana Helena Germoglio, do Americas Serviços Médicos, explica que a transmissão acontece quando o mosquito pica uma pessoa infectada e, só depois de 8 a 12 dias, ela fica sujeita a transmitir a doença para outro indivíduo - que ainda não teve contato com esse sorotipo de vírus. Dessa forma, não são todos os Aedes aegypti que transmitem a dengue, apenas os que foram infectados anteriormente. A dengue não pode ser transmitida de pessoa para pessoa ou por contato com alimentos.

Sintomas da dengue clássica e hemorrágica

Dor de cabeça e “atrás dos olhos” (dor retroorbitária)

  

Dor pelo corpo (mialgia)

    

Manchas avermelhadas na pele

Em casos de dengue hemorrágica, são considerados sinais de alarme os seguintes sintomas:

   

Dor abdominal

Vômito persistente

    

Acúmulo de líquido abdominal ou nos pulmões

    

Sangramento em mucosas

   

Raciocínio lento (letargia)

    

Aumento do fígado

Diagnóstico e tratamentos disponíveis

O diagnóstico para casos de dengue é realizado de forma clínica. Para a confirmação em estágio inicial, são realizados testes laboratoriais ainda nos primeiros dias de manifestação dos sintomas. Existem, porém, exames específicos para diagnóstico em diferentes fases da doença.

Não existe tratamento antiviral específico. O manejo básico consiste em práticas que ajudam a aliviar os sintomas. Segundo a Dra. Ana Helena, as principais indicações são repouso e ingestão de líquidos. “A infecção gera a perda de líquido pelos vasos sanguíneos, por isso é tão importante que o paciente mantenha o corpo hidratado. Essa reposição hídrica ajuda a prevenir a evolução do quadro”, explica.

A infectologista ressalta que a automedicação deve ser evitada, já que os medicamentos com ácido acetilsalicílico na composição podem elevar o risco de hemorragias. “Qualquer remédio deve ser prescrito por um médico, que vai realizar o acompanhamento e dosagem adequados”. Outro alerta importante é para pessoas com mais de 60 anos. “Apesar de acontecer em todas as idades, a dengue é muito mais perigosa para os idosos por conta da prevalência de doenças crônicas, como pressão alta e diabetes”.

Conheça os métodos de prevenção

A maior parte dos focos do mosquito está em domicílios - sendo os principais focos encontrados em pneus velhos, garrafas e pratos de plantas. Por isso, é importante que cada um faça a sua parte no ambiente em que vive para evitar a proliferação do Aedes aegypti. As principais medidas são:

●     

Não deixar água parada onde o mosquito pode procriar

●     

Aplicar repelentes e inseticidas com frequência

●     

Utilizar roupas que dificultam ou impedem as picadas

●     

Investir em mosquiteiros para bebês ou pessoas acamadas