Relato de brasileira nos EUA mostra realidade no enfrentamento da pandemia


  • Criado por: Adriana Diniz
  • Postado em: 19/03/2020

Depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump mudou de postura frente à pandemia do COVID-19 e declarou o estado de emergência nacional na última sexta-feira, o pânico tomou conta principalmente das grandes cidades. O país tem mais de 5mil e 600 casos confirmados e a medida permitiu o acesso do governo a um fundo de reserva de 50 bilhões de dólares, normalmente usado em desastres naturais. O governo dos Estados Unidos estuda também a liberação de um pacote de estímulo que pode passar de 1 trilhão de dólares. Um quarto deste valor deve ser pago diretamente aos cidadãos através de cheques nas próximas duas semanas, tentando evitar um impacto ainda mais profundo na economia. O Governo dos Estados Unidos também decidiu adiar o pagamento de impostos por até 90 dias. No entanto, com a quantidade de pessoas infectadas no país, com a projeção de o índice de desemprego chegar a 20% e sem sistema público de saúde, as grandes cidades já dão sinal de pânico social.

A brasileira Lola Vieira-Sullivan mora nos Estados Unidos há cerca de sete anos e vive há 4 anos em Nova York. Ela faz mestrado em uma universidade americana e trabalha como babá. Nesta semana ela teve que ir às compras para a sua empregadora e se deparou com prateleiras vazias.

Segundo ela, a maior parte dos negócios já fechou as portas. As escolas cancelaram as aulas e na Universidade em que estuda, elas vão ser transmitidas online. Por isso mesmo, a maioria das pessoas que a brasileira conhece está trabalhando de casa, como conta.

A brasileira disse que desde a chegada do vírus nos Estados Unidos a cada dia a situação muda e se vê menos pessoas nas ruas. Por enquanto ela ainda está tranquila, mas se sente insegura tendo que se locomover para o trabalho todos os dias e analisa que a situação vai se agravar rapidamente.

Repórter Amanda Yargas